Em 1520, os Portugueses atracaram em Timor, em busca da madeira de sândalo. Aí permaneceram por mais de 400 anos, dividindo a ilha com os holandeses. Os séculos de regulamentação portuguesa foram séculos durante os quais os recursos de Timor-Leste - sândalo e, mais tarde, café - eram canalizados para o desenvolvimento de Portugal, tanto quanto da própria ilha. Todavia, apesar de Timor-Leste parecer subdesenvolvido aos olhos ocidentais, possuía uma economia de base comunitária extremamente desenvolvida, a qual respondia às necessidades de todos na sociedade. Sob o domínio português, a organização da aldeia permaneceu imperturbável...
Os primeiros portugueses a instalarem-se definitivamente eram missionários que vinham de longe com o intuito de espalhar a fé cristã. E apesar de os timorenses acreditarem num único deus, Marômac, e de terem resistido à influência de outras religiões, nomeadamente a hinduísta e a muçulmana, muitos converteram-se ao cristianismo e baptizaram-se.
Portugal aguentou Timor-Leste tanto tempo quanto possível, não obstante as revoltas frequentes, mas em 1974 os portugueses travaram uma batalha em casa. A "velha guarda", que tenazmente segurava as colónias do Império Português, foi destronada e os novos líderes estavam desejosos de deixar falar a independência. Em apenas alguns meses, três grandes partidos haviam eclodido em Timor-Leste, cada qual com diferentes plataformas. A UDT (União Democrática Timorense) manifestou o desejo de continuar filiada em Portugal; a FRETILIN (Frente Revolucionária para um Timor Leste Independente), advogando o socialismo e reformas democráticas; a APODETI, contendo algumas centenas de membros que queriam a integração na Indonésia.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Sempre com Portugal
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